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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

No rumo das aves migratórias natureza




Impulsionadas por fatores biológicos e ambientais, milhares de aves deixam anualmente suas áreas de reprodução e migram, percorrendo longas distancias para garantir a sobrevivência da espécie. Muitas se hospedam no Brasil

Todos os anos, o trinta-réis-ártico (Sterna paradisuea), uma avezinha preta e branca, com pouco menos de 40 centímetros, realiza um longo vôo de pólo a pólo. Durante nove meses, ele percorre mais de 20 000 quilômetros, do Circulo Polar Ártico até o limite da Antártida, e retorna, então, ao ponto de partida. Campeão absoluto entre as aves migrantes de longo percurso, o trinta-réis é seguido de perto, nessa maratona aérea, pelo batuiruçu (PIuvialis dominica). Este viaja 12 000 quilômetros, a uma velocidade de até 90 quilômetros por hora. desde o Pólo Ártico até os pampas argentinos. Como essas, milhares de aves de diferentes espécies, deixam seus lugares de origem, quando o inverno se aproxima no Hemisfério Norte, à procura de alimentos e temperaturas mais elevadas. Das cerca de 10 000 espécies que existem no mundo, mais de um terço migra, em maior ou menor grau, o que abrange dezenas de bilhões de aves em busca da sobrevivência.

Esse fenômeno é mais pronunciado no Hemisfério Norte, quando as aves cruzam a linha do Equador dirigindo-se para as áreas tropicais e subtropicais da América do Sul, África e Oceania, viajando sobre mares e desertos, picos nevados e grandes cidades. enfrentando tempestades, furacões e nevoeiros. Esse é o caso das mais de 6 milhões de andorinhas-azuis (Prognesubis) que todos os anos, no outono, batem asas do Canadá, Estados Unidos e norte do México e parte delas vem desembarcar no interior de São Paulo. Também um número incontável de maçaricos-brancos (Calidris alba), que se reproduzem na região ártica e cumprem uma rota migratória anual rumo à Terra do Fogo, costumam parar para um merecido descanso na Ilha de Itamaracá, em Pernambuco, onde se deliciam com moluscos e pequenos crustáceos. Ou então, na Lagoa do Peixe, no Rio Grande do Sul. Também, desde 1983, os arranha-céus paulistanos abrigam, de outubro a fevereiro, um hóspede ilustre que vem da Groenlândia: o falcão peregrino (Falco peregrinus), ave rara com menos de 1000 exemplares catalogados no mundo.Pela dimensão do território brasileiro, a chegada de diversas aves migratórias pode passar despercebida para a maioria da população, até porque as condições geográficas não favorecem grandes concentrações num único ponto. Mesmo assim, sabe-se que o país recebe todos os anos cerca de 123 espécies visitantes de longo percurso que aqui desembarcam para férias forçadas. Trata-se de um número expressivo se comparado com o número de espécies - 1 1620 - que compõem a avifauna nacional.Esses hóspedes emplumados não vêm apenas do norte. Cerca de 37% das aves que visitam o Brasil migram no sentido sul-norte. No outono, por exemplo, o andorinhão-das-tormentas (Oceanites oceanicus), deixa os ninhos no limite do continente antártico para alcançar o Norte do Canadá e nesse percurso pousa em alguns trechos do litoral verde-amarelo. Na mesma época, bandos de biguás (Phalacrocoracx olivaceus) fogem da Argentina para aterrissar no Pantanal ou nos lagos do Sul. Para a Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, convergem periódicamente mergulhões, biguás e diferentes espécies de marrecas.Diante desse surpreendente trânsito nos céus do planeta, é de se perguntar qual o motivo de tantas idas e vindas de aves, apesar dos inúmeros perigos que enfrentam no caminho. Os cientistas atribuem o fenômeno da migração ou invernada tanto a fatores endógenos - que se originam no próprio organismo da ave - quanto exógenos - provocados pelo ambiente. Sabe-se, por exemplo, que as aves dispõem de um ritmo interno fixo, diário, por isso chamado circadiano e de um ritmo anual, denominado circanual.Tais ritmos biológicos sofrem alterações conforme a duração maior ou menor de dias e noites que varia com as estações do ano. No inverno, por exemplo, as noites são mais longas. Em função disso, o organismo tem que passar por ajustes metabólicos, e quem os efetua é a glândula hipófise, depois de receber ordens do hipotálamo. Dessa forma, as aves sabem que o inverno se aproxima e é hora de migrar. E haja fôlego para voar milhares e milhares de quilômetros sem escalas.Isso só é possível porque a hipófise dá uma força, ativando funções hormonais que produzem uma camada de gordura debaixo da pele das aves, proporcionando-lhes o combustível necessário.No caso das aves que fazem vôos muito longos, sem paradas  (non stop), essa gordura chega a representar mais da metade do peso total de seu corpo. Os maçaricos, por exemplo, são mais resistentes que outras espécies de aves e aumentam em até 6% seu peso/dia. reabastecendo seus tanques de combustível rapidamente. Se de um lado essas gordurinhas a mais fornecem energia de outro representam rica fonte de alimentos. Por esse motivo e porque estão cansados da longa viagem, alguns tipos de maçaricos, como os que pousam no litoral paraense, popularmente chamados de pirão gordo, acabam se transformando em presa fácil dos pescadores, que os capturam com redes como se fossem peixes.Estudos mostram cálculos interessantes sobre o rendimento dessas reservas de gordura. Um beija-flor americano, por exemplo, que pesa 2,5 gramas, se ganhar mais 2 gramas de gordura, é capaz de voar durante 26 horas, percorrendo uma distância de 976 a 1040 quilômetros, sem parar. Os pesquisadores também constataram que as gônadas nas aves - glândulas sexuais - se desenvolvem acentuadamente antes da reprodução. Isso ocorre quando é primavera no Hemisfério Norte (outono, no Sul) e esse é o sinal para que elas empreendam a viagem de volta aos locais de origem - único lugar onde conseguem se reproduzir.As primeiras análises sobre as migrações remontam à Grécia antiga. O célebre filósofo Aristóteles (384-322 a.C.) já constatava que espécies como os pelicanos e os grous migravam, enquanto a cotovia, o melro e a rola entravam em profundo estado de letargia invernando em refúgios escondidos. Essas observações se perpetuaram através do tempo, até que no século XVI, o ornitólogo francês Pierre Belon verificou que, com a chegada do inverno, muitas aves deixavam a França indo para o norte da África, onde meses antes não eram avistadas.A partir daí, os pesquisadores começaram a demolir a teoria da hibernação e a tentar classificar as espécies viajantes, descobrir as  rotas que empreendiam e entender os fatores que provocavam o deslocamento. Mesmo assim, restam algumas incógnitas. Uma delas é a orientação do vôo. No caso das aves que voam de dia, como as andorinhas, o falcão peregrino, cegonhas e flamingos, os estudos científicos apontam oara a chamada memória da espécie, ou seja, seguem uma determinada rota orientando-se por acidentes geográficos (rios, lagos, montanhas) perfeitamente conhecidos por bandos organizados de vôo.Mas e os maçaricos, marrecos e outras espécies que preferem voar à noite? Sabe-se apenas que é possível guiar-se pelas constelações, conforme demonstrou o ornitólogo alemão Frieder Sauer, realizando experiências no Planetário de Bremen. Ele capturou vários exemplares de currucas, pequenos pássaros europeus de cor acinzentada, e os colocou durante o período migratório em uma ampla abóbada que reproduzia artificialmente o céu noturno. Tão logo se recuperaram do susto inicial, os pássaros se alinharam a Sudeste, orientados pelas estrelas, prontos para seguir rumo aos países do Oriente Médio, onde tradicionalmente invernam.Não satisfeito, Sauer projetou na abóbada os céus da Alemanha, Tchecoslováquia, Hungria, Romênia e Turquia e, mais tarde, de Chipre. Nesse momento, as currucas mudaram de rumo em direção ao sul para alcançar o Vale do Nilo, no Egito. O ornitólogo constatou que elas se orientavam pelas constelações. Outros estudos tendo as andorinhas da espécie Hinundo rústica como cobaia, revelaram a existência de verdadeiros instrumentos de navegação, como relógio, barômetro, emissor e receptor de infra-sons, bússola e analisador de luz polarizada em seus diminutos cérebros.Teoricamente, o relógio permitiria à ave precisar com exatidão a hora do dia e interpretar a posição do Sol e das estrelas. O barômetro, instrumento de medir a pressão atmosférica. detecta as massas de ar e as tempestades que se aproximam. O emissor e receptor de infra-sons permitem às andorinhas receber as vibrações sonoras características de cada zona do planeta. A bússola, por sua vez, faz com que elas verifiquem a cada instante suas posições dentro do campo magnético da Terra.Por fim, o analisador de luz polarizada possibilita a perfeita visão das tramas - invisíveis ao olho humano, como os raios infravermelhos - que, variando segundo a hora do dia, formam a luz solar ao entrar em contato com a atmosfera. Acertadas ou não, estas particularidades ajudam a justificar fatos aparentemente inexplicáveis, como, por exemplo, o de um elevado número de andorinhas que foram levadas de avião da Alemanha para Madri, Londres e Atenas. Elas regressaram a seu destino de origem poucos dias depois, mesmo sem nunca terem freqüentado aquelas regiões.Hoje, os conhecimentos que se têm sobre as aves migrantes avançaram graças a diferentes métodos de rastreamento. O mais sofisticado deles está na tentativa de acompanhá-las por meio de satélites. Basta colocar nelas um minúsculo radiotransmissor e captam-se os deslocamentos com uma margem de erro de 350 metros. O problema é que o custo unitário dessa operação, em torno de 3 500 dólares, obriga os pesquisadores a adotar um sistema mais antigo e convencional - as clássicas anilhas- de plástico ou metal - cujo peso nunca ultrapassa 1% do peso das aves. As de plástico colorido são as mais usadas, pois a cor ajuda a identificar o país de origem - a azul é a usada no Brasil.Cada anel leva um código formado por uma letra e cinco números que nunca se repetem. Traz também o endereço da organização responsável, para, em caso de recuperação, ser avisada. No Brasil, quem realiza esse trabalho é o Cemave, Centro de Estudos de Migração de Aves, vinculado ao Ibama, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (veja quadro). A desvantagem do método é que ele não permite um completo acompanhamento dos deslocamentos. Mesmo assim, a prática do artilhamento é largamente difundida em todos os continentes, inclusive na Antártida.Quando anilha uma ave, o pesquisador deve anotar numa ficha os dados pertinentes, como data e local do anilhamento, número do anel, e medidas como o peso e o tamanho das asas. Eles serão úteis para interpretação e para conhecer o deslocamento da ave, caso ela seja recuperada.

No interior paulista, hóspedes tradicionais

Em meados de outubro, em plena primavera, as árvores das praças de cidades como São José do Rio Preto, Barretos, Rio Claro, Ribeirão Preto e Araraquara, recebem hóspedes internacionais: as andorinhas-azuis norte-americanas, que tradicionalmente passam férias no interior paulista. Elas gostaram tanto da hospitalidade brasileira, que é cada vez maior o número dessas aves na região de São José do Rio Preto. Há vinte anos, elas não passavam de 6 000. Mas, em 1985, cerca de 70 000 andorinhas azuis estiveram por lá. Dois anos mais tarde, as concentrações atingiram 120 000 pássaros. Entretanto, no ano passado, as condições meteorológicas não ajudaram as andorinhas que viajavam em direção à América do Sul. Os furacões que se abateram sobre a América Central e o Caribe aniquilaram boa parte delas e a população migrante não ultrapassou 15 000 aves..

As aves que mudaram de endereço

Nesse vaivém de aves, até a poluída e superpovoada capital de São Paulo entrou na rota. Garças e mergulhões escolheram como pousada as margens do lago do Instituto de Botânica. Próximo ao Jardim Zoológico, no bairro da Água Funda. Nada de anormal nisso, já que ali há peixes em abundância e não existem predadores como jacarés, gatos-do-mato e gaviões Porém, em 1990, essas aves mudaram de comportamento: em vez de retornar aos locais de origem - não se sabe especificamente de onde elas vêm - na época da reprodução preferiram ficar e acabaram por causar sérios desequilíbrios ecológicos na região.Os pesquisadores do instituto constataram que o nitrogênio que resulta das fezes daquelas aves havia queimado as folhas das árvores e cerca de 5 000 metros quadrados de mata natural foram destruídos. A esperança, para os pesquisadores, seria a diminuição dos peixes do lago. Sem ter do que se alimentar, um mergulhão, por exemplo - que come em média 700 gramas de peixe por dia -, retornaria ao seu local de origem. Mas não foi isso que aconteceu. Como as folhas das árvores caíam em maior número no lago, aumentaram a produção de plâncton, o alimento dos peixes. Dessa forma, armou-se um ciclo sem fim, que está causando muita dor de cabeça aos pesquisadores. As leis brasileiras determinam que animais fora de cativeiro são propriedade do Estado e proíbem sua caça e destruição em qualquer fase do seu desenvolvimento. No inicio deste ano, especialistas em flora e aves começaram a estudar juntos a questão para saber o que fazer Afinal, tão importante quanto preservar as aves é preservar as árvores que elas estão destruindo.



Material de trabalho

A anilha é uma espécie de passaporte internacional que ajuda os pesquisa dores a estrear as rotas das aves pelo mundo. O equipamento para esse trabalho exige ainda: 1 barbante, 2 rede japonesa 3 paquímetro e metro 4 alicates; 5 dinamômetro; 6 bolsas de plástico; 7 anilhas de metal e de plástico 8 ficha para anotar os dados mais importantes sobre as aves que foram marcadas

Do Brasil para o mundo

Por João Costa, de BrasíliaHá dez anos o Cemave, Centro de Estudos de Migração de Aves, com sede em Brasília, coordena o anilhamento de aves. Criado em 1977, por meio de um convênio entre o extinto Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) e a Fundação para a Conservação da Natureza, só no ano seguinte, o centro passou a funcionar efetivamente, ao inaugurar o primeiro curso de anilhamento de aves. Em 1979, estava pronto o Manual de Anilhamento, definindo o sistema das anilhas brasileiras, seus códigos etc. "Estamos padronizados com o que se faz em quase todos os países do mundo", assegura o biólogo Paulo de Tarso Zuquim Antas, diretor do Cemave.Ele conta que o centro já marcou mais de 140 000 aves. E a média de 15 000 ao ano, que vinha se verificando desde 1980. deu um salto no ano passado. quando esse número passou para 20 000. Zuquim atribui o crescimento ao fato de ter aumentado o número de biólogos que ali trabalham. São seis ao todo. Além disso, a entidade conta com a colaboração de 305 anilhadores cadastrados não só no Brasil mas também no exterior. O retorno desse trabalho é medido pelo número de anilhas recuperadas: 1,5% do total de aves artilhadas. As recuperações ocorrem principalmente, no Nordeste e no Sul do país e esses são também os locais onde mais se marcam aves.O Cemave promove cursos de anilhamento para pesquisadores e cadastra anilhadores em todo o território nacional. Para maiores informações basta escrever para a Caixa Postal, 04/034, CEP 70312, Brasflia, Distrito Federal. Esse endereço também vale para avisar o centro, caso você recupere um anel. Dessa maneira, você estará contribuindo para a preservação da espécie e a proteção de um fenômeno biológico que está ameaçado pela ação predatória do homem.

Postado por Publicados Brasil às 07:04
Marcadores: Animais, aves, Biologia, clima, migração, natural, Natureza, Reprodução


http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2012/12/no-rumo-das-aves-migratorias-natureza.html

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

As aves exóticas








As aves exóticas são caracterizadas por espécies raras que não habitam todas as regiões, com isso, para muita gente elas só se tornam conhecidas através de fotos ou mesmo quando são encontrados em zoológicos ou viveiros diversos, ou então chegando em revoadas espontâneas.

Assim, nem seria preciso dizer que a variedade de espécies é muito grande, mas está dito, e entre tantas espécies existem algumas que correm risco de extinção como acontece com a Arara-Azul, também conhecida por Arara Preta ainda encontrada no Mato Grosso no Pantanal, em Goiás, na Bahia, no Pará e também na divisa do Brasil com a Bolívia.

No ano de 1988 a população era estimada em 2500 aves, mas com a criação de algumas reservas ecológicas este número aumentou para pouco mais de 4000 aves em 2010.

Outra ave é o Pavão que graças a sua carne muito dura, ele é criado não para alimento, mas apenas para fins ornamentais, e entre tantas espécies no Brasil, o mais difícil de ser encontrado é o Pavão do Congo, já o mais conhecido é o Pavão Indiano também conhecido por Pavão Real.

Entre as aves exóticas também está a Calopsita, uma ave muito dócil que pode ser criada como animal de estimação.

Mas enfim, espécies exóticas existem de montão, mas é preciso que a humanidade se conscientize e preserve, pois como já citamos muitas espécies já correm sérios riscos de extinção.


http://www.fashiondicas.net/aves-exoticas-beleza-rara/

quinta-feira, 17 de julho de 2014

As aves de angola


A fauna ornitológica de Angola é praticamente igual à da maior parte dos países do Continente Africano. É uma fauna diversificada e rica  em  formas, em variedade de espécies e em coloridos. Vou tentar proporcionar-lhes a oportunidade de  a poderem conhecer melhor, através de algumas imagens e de alguns  textos descritivos.

  Avestruz fêmea com um ninhada de pintos





  Avestruz 


O avestruz é a maior ave viva da Terra. É uma  ave corredora com asas de tamanho reduzido, revestidas de plumas, que concorrem para o equilibrio do corpo durante a corrida. Vive em habitats semi desérticos, onde suporta com relativa facilidade o calor elevado dessas regiões. Os avestruzes são em geral monogâmicos, e os casais apenas se desfazem quando  um dos parceiros morre.  Os ninhos são extremamente simples, pois os ovos são colocados na areia em depressões que as aves ageitam com as patas. Os ovos dos avestruzes são grandes e possuem uma casca muito forte que pode suportar o peso de uma pesoa sem se partirem. Os pintos dos avestruzes nascem bastante grandes e pouco tempo depois de nascerem podem acompanhar os pais na corrida. O macho é maior e mais esbelto do que a fêmea. O seu corpo é revestido de grandes plumas pretas e as suas reduzidas asas ostentam grandes plumas brancas. As plumas dos avestruzes machos têm um grande valor comercial e são usadas como adorno principal pelas bailarinas de balet. As fêmeas possuem uma plumagem muito mais pobre em tons acinzentados. Nalguns países africanos existem fazendeiros que se dedicam à criação de avestruzes para comercializar os seus produtos, carne e plumas. Os avestruzes também têm os seus predadores, como as hienas, e os chacais, embora devido ao habitat e ao seu tamanho não sejam animais muito desejados. Tudo depende do estado de fome em que o predador se encontrar. Os pais defendem corajosamente as crias e dão poderosos coices e bicadas. As penas dos avestruzes são macias e servem como isolante térmico e são bastante diferentes das penas rígidas dos  pássaros voadores.
 Possuiem duas garras em dois dos dedos das asas, sendo a única ave que possui apenas 2 dedos em cada pata. As pernas fortes do avestruz não possuem penas. Suas patas têm dois dedos, sendo que apenas um tem unha enquanto o maior lembra um casco. Seu aparelho digestivo é semelhante ao dos ruminantes e seus olhos, com suas grossas sobrancelhas negras, são os maiores olhos das aves terrestres. Para facilitar a digestão os avestruzes ingerem seixos.



http://sitiodopicapauangolano.wordpress.com/2011/11/21/as-aves-de-angola

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Peneireiro

Peneireiro






O peneireiro é uma pequena ave de rapina, ou melhor um pequeno falcão que habita espaços abertos e semi-desérticos, especialmente em África, mas actualmente aparece um pouco por todo o lado, até mesmo em áreas habitadas pelo homem.
Tem uma forma característica de caçar.
Paira estático no ar, batendo as asas com rapidez, mantendo-se com a atenção concentrada numa determinada  área, procurando descobrir se existem nela pequenos  animais que possam servir-lhes de presa.
Quando os descobre lança-se num mergulho vertiginoso para rapidamente as capturar não lhes dando hipótese de fuga.
É uma ave de dimensões reduzidas com um comprimento total que não costuma exceder os 33 cm e com uma ebvergadura inferior a 80 cm.
Possui uma cabeça grande projectada para a frente. Tem um voo muito rápido. .
 Há variados tipos de peneireiros, com variadas colorações.
Nidifica nas árvore e em cavidades rochosas.

Milhafre Preto Aves de Angola



Milhafre Preto



Mais uma ave de rapina de pequeno tamanho que caça incessantemente pequenas presas. Vulgar frequentador dos céus das cidades onde sobrevoa os quintais com o obfectico de apanhar criação doméstica de pequeno porte, principalmente pintos. As galinhas com alguma experiência dos seus ataques, defendem a sua prole enfrentando-o, mas sem qualquer sucesso porque os seus ataques são fulminantes e quando conseguem  agarrar uma presa dificilmente a largam.
as aldeias africanas sobrevoam com muita frequêcia os seus terreiros à procura de criação miúda. Os africanos procuram afugentá-los batendo furiosamente em latas  para os intimidar. As galinhas que passeiam as suas ninhadas de pintos olham com frequência para o céu para ver se eles andam por perto e têm um som de alarme característico para avisar as suas proles de um ataque eminente. Os pintos ao ouvir esse aviso sonoro especial da mãe, vão se logo refugiar debaixo das suas asas. O milhafre-preto mede cerca de 55 cm de comprimento e 135 a 155 cm de envergadura, e tem cerca de 1 kg de peso. A plumagem é de cor castanha, de tom mais escuro na parte superior das asas, e mais claro na região ventral. Não há dimorfismo sexual evidente mas os machos são em geral menores que as fêmeas. O bico é adunco e está bem adaptado a um tipo de alimentação exclusivamente carnívora. Esta ave vive de forma solitária ou em casais.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Aves do Pantanal




Tanto o pôster das aves do Pantanal quanto a edição revisada do pôster das aves da Floresta Atlântica estarão à venda no Avistar  que será realizado em São Paulo de 18 a 20 de maio. Cada um custa 30 reais, mas comprados em conjunto saem por 50 reais. A verba arrecadada é aplicada na preservação da Reserva e no projeto de confecção dos futuros pôsteres dos biomas brasileiros.













1
“Ficamos por dias acampados na margem do Rio Aquidauana sem perceber que acima de nossas cabeças havia o raro pica-pau-de-testa-branca (Melanerpres cactorum)” conta Renato Rizzaro, fotógrafo e proprietário, junto com a esposa Gabriela Giovanka, da Reserva Rio das Furnas. “Os birders estrangeiros o procuram avidamente, e raros têm sucesso. Quem nos mostrou a pequena ave, no último dia, foi o Fabiano da Pousada Aguapé, nosso guia por dois dias seguidos”. 

O pica-pau-de-testa-branca está no novo pôster de Aves do Pantanal, que acaba de ser lançado pela Reserva Rio das Furnas em sequência ao sucesso de 2011, o pôster das aves da Floresta Atlântica. Ele foi feito em parceria institucional com a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) e teve revisão científica de Vítor Piacentini, do Museu de Ornitologia da USP. Entre as mais de 70 aves retratadas estão o Canário-do-campo, a Arara-canindé e a Tesourinha.



http://www.oeco.org.br/fauna-e-flora/25991-guia-as-aves-do-pantanal


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Aves dos açores










O continente europeu tem vindo a sofrer, ao longo dos tempos, uma enorme transformação na sua paisagem natural. Desde as zonas mais recônditas da Russia até às planicíes de Portugal é possível encontrar uma grande biodiversidade. Assim como a fauna e a flora variam do Norte para o Sul da Europa, da Europa Ocidental para a Europa de Leste, assim também há uma jurisdição não uniforme nos vários países europeus. Cada país tem as suas próprias leis de conservação e protecção da vida animal. Estas leis são insuficientes e muitas vezes omissas o que levou à extinção. Em alguns países europeus.

Ameaçados de extinção estão também muitas especies  que  outrora abundantes em toda a floresta mediterrânica, mas que só se encontram agora em algumas reservas naturais portuguesas e espanholas.










Nome popular: Águia-real
Nome Científico: Aquila chrysaetos
Distribuição geográfica: A águia-real distribui-se geograficamente por grande parte do Hemisfério Norte. Na Europa encontra-se relativamente bem distribuída. Actualmente, a população europeia estima-se entre os 5000 e os 7200 casais nidificantes. A população nacional encontra-se estimada entre 56 e 63 casais nidificantes, devendo estar a aumentar ligeiramente. A maior parte da população nidifica no Nordeste transmontano e Alto Douro. Os demais casais distribuem-se nas serras da Peneda, Gerês, região do Tejo Internacional, Marão, troço médio do Guadiana e pontualmente noutras áreas.
Habitat natural: Espécie que essencialmente nidifica em habitats rupícolas (rochosos), no entanto, se estes meios escassearem pode construir os seus ninhos em árvores. Na Península Ibérica aproximadamente 90% dos casais constroem os seus ninhos em meios rupícolas. Pode nidificar desde o nível do mar até altitudes superiores aos 2000 metros. Contudo, na Península prefere claramente as áreas montanhosas e com menor pressão humana. Florestas, serras e montanhas da Europa.
Hábitos alimentares: Alimenta-se de mamíferos, aves e répteis de tamanho médio, podendo recorrer de igual modo a animais mortos. Na maior parte das situações, as principais presas consumidas são coelhos, lebres e várias espécies de galiformes. Captura com alguma frequência outras espécies de predadores, como raposas ou genetas. Geralmente, captura as suas presas no solo, caçando preferencialmente em áreas abertas, evitando zonas muito arborizadas. Alimenta-se de sementes e frutas. Em cativeiro, é comum comer amendoim, girassol, milho verde e frutas.
Tamanho: 95 cm de comprimento e até 2m de envergadura (é a maior das águias).
Peso: De 3 kg até 6,125 kg.
Período de gestação: A águia-real é uma espécie monogâmica, que realiza apenas uma postura por ano, sendo normalmente constituída por 2 ovos (por vezes, pode apresentar 1 ou 3 ovos). As aves incubam os ovos durante 43-45 dias. Este trabalho é feito por ambos os elementos do casal, contudo a fêmea permanece mais tempo no ninho. O ninho é constituído por uma pilha de ramos e outro tipo de materiais vegetais.
Número de crias: 1 a 3 ovos.
Tempo médio de vida: Máximo de 32 anos em liberdade; máximo de 46 anos em cativeiro.
Estado de conservação da espécie: Está em vias de extinção porque o homem destruiu o seu habitat e teima em roubar-lhe a sua fonte de alimento: a caça.


http://animaisdomundo.com.sapo.pt/europa.html

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Cigana








Venezuela - Uma ave que ainda conserva traços evolutivos do Jurássico Superior sobe e mergulha pelos canais das margens do Rio Orinoco, o principal da Venezuela. Desde que nascem, as Ciganas evitam ameaças de qualquer predador com uma eficácia tal que têm conseguido manter a alta população de sua espécie. Como toda ave, ela cumpre um ciclo vital dentro dos ecossistemas aquáticos.

Conhecida no mundo científico como Opisthocomus hoazin, é uma das três espécies de aves que apresentam em suas asas garras parecidas às encontradas no dinossauro Archaeopteryx, fóssil que viveu na Alemanha há 145 milhões de anos, considerado o elo perdido entre répteis e aves.

Outras aves com essas características são o avestruz e o touraco (Touraco erythrolophus). No entanto, a Cigana vive da mesma forma que seu antigo parente: pula, voa e se lança pelos rios onde habita - razão suficiente para impulsar uma campanha de conservação dessa ave tão peculiar do corredor ribeirinho do Orinoco.

maçaricos





Os maçaricos são ratites para que eles tenham um longo, pernas finas esverdeados. A ave cresce até 46 centímetros. Os olhos são grandes e amarelo e bico curto. A parte superior, cabeça e peito são marrom escuro e garganta e barriga são brancos. As sobrancelhas são brancas e cercada com um recurso de linha preta.

Comportamento

Eles andam sozinhos, em pares ou em pequenos grupos soltas. Pelo tamanho de seus olhos pode-se deduzir que as aves são noturnos e normalmente ocupado. Mas eles também podem ser ativo durante o dia. Eles são bons corredores e fazem rápido para curtas distâncias. Elas alimentam-se de uma variedade de materiais orgânicos. Eles tendem a adotar uma posição agachada no chão, a fim de passar despercebida.

Alcraván
Reprodução

Aparentemente raça durante a estação seca. Em um ninho no chão colocar 2 ovos na cor verde-oliva.

Importância

Eles se livrar de matéria orgânica. Status: Amplamente distribuída.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Aves migradoras planadoras






Aves planadoras são aves que utilizam essencialmente o voo planado para se deslocarem. Sob esta definição incluem-se os grous, as cegonhas e as aves de rapina diurnas.
O aproveitamento das correntes térmicas (correntes de ar aquecido pela energia solar que sobem graças a diminuição da densidade) permite a estas aves percorrer grandes distâncias com um dispêndio mínimo de energia, mas implica que as migrações ocorram durante o dia. Sobre as grandes massas líquidas a intensidade das correntes térmicas é bastante menor, daí que estas aves evitem fazer grandes deslocações sobre as águas. A dependência das correntes térmicas varia de espécie para espécie e está relacionada com a superfície alar.
As aves que invernam em África têm de atravessar a barreira natural constituída pelo Mar Mediterrâneo. Para as espécies que não dependem das correntes térmicas a migração é, de forma geral, efectuada segundo uma frente ampla e a travessia pode ser feita praticamente a partir de qualquer ponto da costa. São os casos, por exemplo, da Águia-pesqueira (Pandion haliaetus) ou dos tartaranhões Circus sp.. Para as espécies que dependem das correntes térmicas, as poucas centenas de quilómetros que separam a Europa de África podem constituir uma barreira quase intransponível. Assim, estas espécies tendem a concentrar-se em locais estratégicos onde a distância entre os dois continentes é menor. Os dois locais mais importantes são o estreito de Gibraltar, em Espanha, e o estreito do Bósforo, na Turquia. A importância de Sagres começou a ser reconhecida com os primeiros estudos na zona sobre a migração que decorreram na década de 50. Só depois na década de 90 é que os resultados obtidos em vários estudos provaram sem qualquer dúvida que esta região era e é um importante local de passagem para as aves planadoras.
Estas aves têm como preferência habitats em mosaico, bosques, matagais, culturas de sequeiro, terrenos lavrados, pastagens, áreas florestais como as florestas de sobreiro Quercus suber. Utilizam árvores de grande porte, encostas ou penhascos como poiso para refúgio. Existem também espécies associadas a aguas pouco profundas. Outras espécies ainda podem frequentar aterros sanitários, portos, etc.
As aves migradoras estão abrangidas pela protecção legal da convenção de e Berna e pela de Bona e ainda pela Directiva de Aves, mas apesar disso estão ameaçadas por inúmeras situações entre as quais a destruição e degradação dos habitats, a utilização de químicos mortais na agricultura, a redução da disponibilidade de alimentos, a instalação de parques eólicos (incluindo a construção destes), a colisão e electrocussão em linhas aéreas de distribuição e transporte de energia eléctrica, a contaminação das águas, a perturbação humana e o abate ilegal.
Protecção legal.
Estas especies estão sob a protecção legal das transposições da Directiva Aves, da Convenção de Berna e da Convenção de Bona.
Aves migradoras marinhas.



Espécime de Alca torda
Aves marinhas são aves que permanecem a maioria, ou a totalidade do tempo nos oceanos, ilhas ou falésias rochosas.
As aves que vivem apenas nos oceanos são chamadas espécies pelágicas.
A maioria das espécies marinhas migradoras inverna na costa portuguesa e migram para o norte europeu onde nidificam. As outras espécies nidificam apenas no mediterrâneo, e invernam: na costa ibérica, mediterrânica e norte africana. Outras espécies nidificam em zonas transequatoriais e invernam no hemisfério norte.
Existe pouca informação sobre a distribuição na costa portuguesa das espécies de aves marinhas migradoras. Considera-se que algumas espécies podem ser migradoras de passagem e outras, como Alca torda, Puffinus mauretanicus, Morus bassanus, Rissa trydactyla, Larus audouinii, Larus melanocephalus, Larus minutus, Cataracta skua e alguns Hydrobatidae, são espécies que existem em grande concentração durante o verão ou são espécies que são observadas durante um período considerável durante o inverno. Não é conhecida a abundância destas espécies ao longo da costa continental portuguesa.
A maioria destas espécies migradoras, mesmo as pelágicas, pode ser encontrada junto a costa. Geralmente nidificam em ilhas e ilhéus isolados, falésias rochosas, cavidades no solo ou em rochas. As espécies pelágicas tendem a ter como áreas de alimentação zonas marinhas pouco conhecidas. O resto das espécies tende a utilizar zonas costeiras, assim como junto de barcos de pesca. As dietas são geralmente constituída por peixes, cefalópodes e crustáceos.
Protecção legal.
Estas espécies estão sob a protecção legal das transposições da Directiva Aves e da Convenção de Berna.
Passeriformes migradores.

Os passeriformes são de modo geral aves de pequeno a médio porte terrestres embora possam viver próximo de água. Grupo que inclui a maior diversidade aves e ocupa uma maior diversidade de habitats, este grupo é mais representado no hemisfério norte. Regimes alimentares normalmente insectívoros, frugivoros, granívoros e raramente omnívoros.
Estas aves distribuem-se genericamente por toda a região paleártica. Invernam na sua maioria em Africa e no sul da Europa, sobretudo na península ibérica. Em Portugal ocorrem quer no litoral quer no interior do país.
Estas espécies frequentam uma grande variedade de habitats, como montados abertos, matos esparsos com árvores, dunas arborizadas, olivais e mesmo mosaicos de zonas agrícolas e bosques, e ainda existe um grande número de espécies que prefere zonas húmidas.
Protecção legal
Estas especies estão sob a protecção legal das transposições da Directiva Aves, da Convenção de Berna, da Convenção de Bona e da Convençao de Washington (CITES).
Ameaças das Aves Migradoras.

A intensificação da agricultura através de monoculturas cerealíferas em detrimento de outros usos.
O fogo intenso, pode ter efeitos devastadores sobre as espécies de vertebrados e invertebrados.
O aumento da utilização de agro-químicos.
O sobre-pastoreio afecta a composição e estrutura da vegetação, reduzindo quer a disponibilidade alimentar quer a protecção para nidificar.
A drenagem e destruição de zonas húmidas e caniçais para aproveitamento agrícola e pecuário.
A destruição das galerias ripícolas por limpeza desordenada das margens dos ribeiros.
A colisão com linhas aéreas de transporte de energia é um importante factor de mortalidade quando aquelas estruturas são colocadas perto das áreas utilizadas pelas espécies ou nas suas rotas de migração;
A instalação de parques eólicos em corredores importantes para a migração e dispersão de aves pode constituir um importante factor de mortalidade destas espécies através da colisão nas pás dos aerogeradores. A instalação de parques eólicos é igualmente considerada como uma ameaça importante devido à perturbação provocada quer durante a fase de construção.
A poluição marinha (hidrocarbonetos, pequenos plásticos). Nas espécies que passam a maior parte do tempo no mar, o crescente aumento da poluição marinha por hidrocarbonetos e o aparecimento de pequenos plásticos despejados pelas embarcações são factores de ameaça a considerar.
A contaminação das águas com efluentes urbanos, industriais e agrícolas.
O desconhecimento das ameaças a que as espécies estão sujeitas.
O afogamento acidental em artes de pesca (nomeadamente redes de emalhar e espinheis) pode ser grave em algumas zonas onde as espécies ocorrem e a densidade de redes no mar é elevada;
A destruição de áreas florestais autóctones maduras, através da elevada frequência de fogos florestais, ou a sua substituição por espécies de rápido crescimento como o eucalipto, resulta na perda de habitat disponível.
A perturbação humana provocada por algumas actividades agro-silvicolas, cinegéticas, turismo e lazer, entre outras, que afectam os locais de alimentação e descanso das espécies.
O abate ilegal ocorre sobretudo por caçadores furtivos, durante a época de caça;
O envenenamento de iscos e carcaças para controlo ilegal de predadores



Aves migradoras planadoras


http://pt.wikipedia.org/wiki/Migra%C3%A7%C3%A3o_de_aves#Aves_migradoras_planadoras

Migrações












As migrações são fenómenos voluntários e intencionais com carácter periódico com o objectivo de encontrar alimento e boas condições meteorológicas.
 Este comportamento não deve ser confundido com as deslocações ocasionais ou com os movimentos dispersantes.
Os factores que desencadeiam as migrações são pouco conhecidos.
 Em muitas aves observa-se o aumento das várias hormonas que iniciam o processo pré-migratório onde se pode observar a engorda e o crescimento das gónadas.
 Essas alterações das concentrações hormonais podem ser induzidas por modificações externas como a variação do número de horas de dia, a escassez de alimentos ou das modificações climatéricas.
Durante as migrações algumas aves orientam-se principalmente através da capacidade extraordinária de reconhecer características topográficas, como rios, arvores ou características do litoral.
 Noutras espécies a migração, durante o dia, parece ser orientada principalmente pela posição do sol e durante a noite pelo eixo estrelar de rotação.
 Extraordinariamente ainda existem outras espécies que se orientam principalmente através do campo magnético terrestre (esta capacidade foi comprovada através da desorientação dessas aves quando expostas a campos magnéticos artificiais).
Quando as condições climatéricas, ou outras, não são favoráveis as aves podem mudar o modo como se orientam. Sabe-se que as aves juvenis ainda não têm o sentido de orientação muito bom, pelo que não é muito raro observar indivíduos juvenis perdidos, enquanto que os indivíduos mais velhos, mesmo quando recolhidos e soltos em outros locais, conseguem orientar-se, mudar a rota e chegar ao sítio certo.
Ainda não se sabe muito sobre a orientação das aves, exemplos como o caso de uma pardela que, nos anos cinquenta, foi deslocada da sua toca numa ilha ao largo do País de Gales para ser libertada a quase 5000 quilómetros do outro lado do Atlântico, perto de Bóston. Em apenas 12 dias regressou para a sua toca, tendo inclusivamente chegado antes da carta que os investigadores tinham enviado para o Reino Unido a avisar da libertação da ave.
 Para fazer este percurso foi necessário, para além de conhecer o local do seu ninho e a orientação dos pontos cardeais, saber a localização exacta onde estão, mesmo que nunca tenham lá estado; esse mecanismo de localização permanece ainda um mistério.
Para as aves conseguirem finalizar as migrações necessitam, para além do sentido de orientação, de varias estratégias como voar apenas de noite aproveitando o dia para se alimentar, ou voar durante o dia para aproveitar as correntes térmicas diminuindo esforço físico ou, acumular reservas de gordura que permite percorrer grandes percursos sem paragens para se alimentar ou, ainda, como os passeriformes, percorrer pequenas distancias diárias, parando frequentemente para se alimentarem.
Muitas aves nidificam em Portugal durante o tempo mais quente e durante o inverno deslocam-se para o norte de África ou ate à África tropical (também conhecida como África subsaariana), mas também há outras que se deslocam de locais a norte de Portugal e passam o inverno em Portugal.
Em muitas das espécies pode existir uma percentagem de indivíduos que são residentes e outra migradoras, um exemplo é a cegonha-branca (Ciconia ciconia) que possui um comportamento endémico da Costa Vicentina: nidifica em rochedos e falécias litorais.
Muitas aves apenas passam por Portugal. Portugal tem uma localização relativamente periférica, no que toca a migradores terrestres. Mesmo assim, como varias espécies se guiam pela linha de costa, existem locais em que se podem observar grandes números de aves migradoras. As zonas húmidas costeiras são locais particularmente adequados para a observação de aves migradoras, uma vez que estas as utilizam para se alimentarem e repor energias antes de prosseguirem viagem. Pela região da ponta de Sagres passam anualmente alguns milhares de aves migradoras, com destaque para as planadoras, como sejam as aves de rapina ou as cegonhas. Dos cabos podem-se ainda observar as migradoras marinhas.
Dependendo das rotas e do modo como cada espécie aviaria migra, são agrupadas em planadoras, marinhas e passeriformes migradores.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Migra%C3%A7%C3%A3o_de_aves#Aves_migradoras_planadoras

A Fauna e Suas Belezas !


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Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês.Quando fechas o livro, eles alçam vôo como de um alçapãoEles não têm pouso nem portoalimentam-se um instante em cada par de mãos e partem.E olhas, então, essas tuas mãos vazias,no maravilhado espanto de saberes que o alimentodeles já estava em ti... (Mario Quintana) .

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"A renovação (águia de Fogo) Fenix ...devemos aprender com a águia, a ave que voa mais perto do Céu, que vê longe e também tem mais tempo de vida. Ela pode viver até 70 anos! Mas, para chegar a essa idade, ao chegar aos 40 anos, ela precisa tomar uma decisão muito difícil. Devido às suas unhas estarem muito encurvadas, já não consegue mais agarrar suas presas para se alimentar. E seu bico, longo e pontiagudo, fica curvado, voltando-se contra seu peito. As suas penas crescem e se avolumam demais, de forma que suas asas tornam-se pesadas e, assim, fica difícil para ela voar. Para continuar a viver, ela tem de enfrentar um doloroso processo de renovação, o qual dura 150 dias. Ela se dirige a algum lugar próximo a uma parede – onde não necessite voar. Então, começa a bater o bico contra a pedra, até arrancá-lo. Depois, espera até que lhe cresça um bico novo, para que possa desprender suas unhas, uma por uma. Em seguida, espera que estas cresçam, para que possa arrancar as penas. A águia tem de decidir arrancá-los para que estes sejam renovados. Assim, com o bico, as unhas e asas novas, ela pode voar e sobreviver novamente.”
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