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segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Araras Azul
Um amor para a vida toda. Por que o ser humano não toma como exemplo os animais? As araras quando escolhem um parceiro é para toda a vida. Não importam as circunstancias, os problemas, o casal os enfrentam juntos. E, se por algum motivo, um deles perece, o outro continua vivendo sozinho. Bem, o ser humano não foi feito para viver sozinho. E, diferente das araras, o homem (ambos os sexos, não estou falando apenas do gênero masculino) não é e nem nunca foi fiel ao amor único. É capaz de amar muitas e muitas vezes. Pelo menos, é o que acredita. Amor verdadeiro, amor cúmplice, amor de alma, só se sente uma única vez, por um único ser. Ao surgir uma outra pessoa, o sentimento existente não é amor de alma. É amor fraternal, amor de respeito, amor de desejo de atenção de cuidados. Amor condicional. Vida, vida? Tão simples, e tão complicada? A vida, o ato de viver é simples? Nós, humanos, é que a fazemos complicada com nossos desejos, gostos, quereres, dissabores, amores, rancores? Observem os animais? Tomem como exemplo as criaturas de Deus. Aquelas que não mancharam o dom da inteligência com o desejo do poder. Com eles aprenderemos, de verdade, o que é viver, amar, ser feliz.
Post original do Blog Diário da Tereza >
http://diario-da-tereza.blogspot.com/2009/08/as-araras.html
*Uma manhã diferente
Quando me desloco a casa de um qualquer criador gosto, por norma, de lhe bater à porta em vez de ele vir ter comigo a qualquer ponto de referência acordado préviamente, e foi isso que fiz, não bater-lhe à porta mas literalmente aparecer-lhe à frente.
"Sei sim senhor, é o meu Neto". Nem foi preciso mais explicações logo mais três ou quatro vizinhos disseram; "é ali em cima, à frente daquela furgoneta".
Chegados ao local assinalado fomos recebidos com um sorriso de orelha a orelha, pelo Nuno Monteiro (não me lembro de o ver sem um sorriso nos lábios) que logo fez questão de nos por completamente à vontade, de tal forma que até pareciamos visitas assíduas.
Enquanto nos mostrava as suas instalações e falava enlevado dos seus Canários Ónix, respondendo sem qualquer rodeio às questões, de pura curiosidade, que lhe colocavamos ia
tratando de fazer a "paparoca" para os seus canários, não se coibindo de nos dizer o que fazia e como fazia. Sim senhor!
Tenho que me por fino com o que comento pois a minha cara já começa a ser conhecida.
Imagino o que lá o deve ter levado.
Descobri um "segredo" do Nuno Monteiro, cria agapornis e tem um papagaio que, parece, se lhe perguntarem pela dona diz para onde ela foi. Além disso foi, não sei onde, buscar um agaporni, fêmea criada à mão, que me fez fazer a figurinha que por aqui aparece, tão mansinha ela é.
A conversa fluia tal como a água numa cascata pois, quando a conversa é sobre passarinhos, os temas nunca se esgotam e então se os interlocutores forem apaixonados pelos mesmos então é que nunca mais acaba mesmo, isto apesar do Nuno criar Ónix e eu Arlequins. Aliás o Nuno fez questão de me recordar que já tinha um título (mais um!) de Campeão Nacional em Arlequins.
Como sempre quando visito o canaril de alguém presto atenção ao modo como dispõem as baterias de criação e as voadoras, no caso do Nuno as instalações são constituídas por três blocos independentes ( não considerando o dos agapornis) sendo que num fica a bateria de criação e uma pequena sala destinada a voadora (creio que utilizada essencialmente para o desmame das crias antes de seram transferidas para as outras).
Afastadas uma vintena de metros situam-se as outras duas voadoras, que dispões entre outras coisas de acesso ao exterior para as aves apanharem sol, ou chuva como quiserem. O "quintal" dos canários dá para um pátio onde praticamente dá sol durante a maior parte do dia.
Obrigado Nuno Monteiro, acho que um verdadeiro Campeão é assim mesmo.
Texto e Imagem do Blog de Portugal que aprecio muito.