sábado, 31 de maio de 2025

Aves de Rapina







 Aves de Rapina


O que são aves de Rapina ?


Compreende um grupo fantástico de aves caçadoras que compartilham determinadas características. Elas possuem o bico curvo e afiado, garras fortes, voo poderoso, além de uma excelente visão e audição. A palavra rapina tem sua origem no latim e significa raptar, aquela que pega ou leva consigo, elas são aves ágeis e eficientes na captura de suas presas.


As corujas, os gaviões e os urubus são aves de Rapina ?


Apesar das varias características comuns compartilhadas, elas formam um grupo bem heterogêneo e agrupa aves pertencentes a linhagens evolutivas distintas. Compreende esse grupo as águias, gaviões, falcões, urubus, condores e corujas. Essas aves são encontradas em praticamente todos os continentes e nos mais variados hábitats, desde as matas tropicais até montanhas elevadas.


No mundo existem mais de 550 espécies de aves de rapina e no Brasil são encontradas 99 delas, sendo 49 espécies de águias e gaviões, 23 espécies de corujas, 21 espécies de falcões e 6 espécies de urubus. Algumas dessas espécies são utilizadas como animais de estimação ou são adestradas para captura de presas, essa técnica é chamada de Falcoaria e é reconhecida pela UNESCO como Patrimônio cultural imaterial da humanidade. É uma das relações mais antigas entre o homem e o pássaro datando de mais de 4.000 anos.


Qual é o tamanho de uma ave de Rapina ?


Elas possuem tamanhos bem variados, no Brasil podemos citar como exemplo o falcão quiriquiri (Falco sparverius) com apenas 85 gr e a águia real ou harpia (Harpia harpya) pesando até 9 kg. A harpia é considerada a águia mais poderosa do mundo, possuem dois metros de envergadura, um metro de comprimento e caça animais como cachorros do mato, preguiças, macacos e outros animais de pequeno porte. Nas aves de Rapina geralmente as fêmeas são bem maiores que os machos e em algumas espécies como a harpia o macho pode se sentir receoso em cortejar a fêmea por causa do seu tamanho.


Pode se ter uma ave de Rapina e quais espécies podem ser criadas?


No Brasil são poucas espécies de aves de rapina que são autorizadas para criação. Atualmente apenas 4 criadores comerciais são autorizados a criarem essas aves para venda. A ave de rapina adquirida legalmente é provinda desses criadores e pode ser adquirida em lojas especializadas em animais silvestres e exótico.


Coruja das Torres

Coruja das Torres

Quais são as finalidades de uma ave de Rapina?


Elas podem ter as seguintes finalidades: animais de estimação, educação ambiental, falcoaria como arte e falcoaria no controle de fauna em aeroportos, portos, galpões, indústrias de alimentos e outros.


Quais aves de rapina podem ser compradas?


As espécies adquiridas comercialmente podem ser divididas da seguinte forma:


– Águias e gaviões – as águias são aves de rapina de grande porte, possuem boa envergadura, garras bem desenvolvidas e são planadoras. Os gaviões possuem características parecidas as águias, mas possuem um porte menor. Esses animais utilizam as garras para matar suas presas. É possível adquirir legalmente as seguintes espécies: Águia chilena (Geranoaetus melanoleucus), Gavião asa de telha (Parabuteo unicinctus), Gavião de cauda branca (Geranoaetus albicaudatus), Gavião de cauda curta (Buteo brachyurus), Gavião pedrês (Buteo nitidus) e o Gavião bombachinha grande (Accipiter bicolor).


– Falcões – de porte pequeno a médio, possuem bico curto, voos rápidos, movimentos ágeis e captura de presas rápidas, principalmente no ar. Ao contrário dos gaviões e águias, os falcões utilizam o bico para matar suas presas. Esses animais podem atingir velocidades fantásticas durantes o voo, podendo algumas espécies atingir de 250 a 320 km/h. É possível adquirir legalmente as seguintes espécies: Falcão quiriquiri (Falco sparverius), Falcão de coleira (Falco femoralis), Falcão morcegueiro (Falco rufigularis), Falcão peregrino (Falco peregrinus) e Gavião relógio (Micrastur semitorquatus). O Gavião relógio apesar de possuir características anatômicas semelhantes aos gaviões é classificado como um falcão florestal.


– Corujas – possuem hábitos noturnos, com incríveis adaptações utilizadas para caçar em condições de pouca ou nenhuma luminosidade, excelente audição e visão e uma plumagem especial que reduz a turbulência durante o vôo, possibilitando voos extremamente silenciosos, de modo a não serem detectadas pelas suas presas. No escuro elas enxergam 10 a 100 vezes mais que os humanos. Diferentemente de boa parte das aves as corujas não constroem seus ninhos e utiliza buracos em árvores, tocos, edifícios e no solo ou ninhos de outras espécies. É possível adquirir legalmente as seguintes espécies: Coruja de igreja ou branca (Tyto furcata) e o Corujão de orelha (Bubo virginianus).


Gavião Asa de Telha principal ave utilizada na falcoaria

Gavião Asa de Telha - Principal Rapinante Utilizado na Falcoaria Brasileira

Qual é a sua alimentação ?


A alimentação das aves de rapina na natureza é tão variada quanto o numero de espécies existentes nessa ordem. A maioria dos rapinantes diurnos é exclusivamente carnívora. As corujas em virtude do seu hábito noturno adicionam em parte de sua alimentação insetos e outros invertebrados. O porte dos animais predados varia de acordo com o tamanho da ave de rapina. Corujas pequenas geralmente predam anfíbios, répteis, pássaros. Espécies de porte maior como a Coruja do gênero Budo são capazes de caçar lagartos, marsupiais, morcego e até mesmo aves de médio porte. Geralmente as águias e gaviões predam pequenos mamíferos e falcões com sua agilidade no voo predam preferencialmente outras aves (o choque desses animais em suas presas podem quebrar os ossos de suas vítimas ou até degola-las em pleno voo).


Essas aves predam diversos animais menores na natureza, mas em cativeiro como poderei alimenta-las?


As aves de rapina, dependendo do seu porte, consomem 6 a 25% do seu peso, animais menores pelo seu metabolismo mais elevado consomem uma porcentagem maior e animais maiores consomem uma porcentagem menor. Os rapinantes em cativeiro devem manter uma dieta similar aquela observada em vida livre.


Em cativeiro podemos utilizar alimentos como: larvas de tenebrio, grilos, codornas, pombos, camundongos, ratos, coelhos, pintinhos de um dia e porquinho da índia. Aves utilizadas para a alimentação de rapinantes recomenda-se seu congelamento por um período de até 15 dias antes de serem oferecidas, deve-se ainda ser descartados todo o sistema digestivo (esôfago, pro e préventriculo, intestino, sistema respiratório (traquéia e pulmão), bico e os pés).


O tipo de alimento a ser oferecido vai depender da espécie, animais que predam aves recomenda-se alimenta-los com aves, os que predam pequenos mamíferos devem ser alimentados com mamíferos, mas isso não impede que rapinantes alimentados com aves também sejam oferecidos mamíferos. Durante o manejo alimentar pode-se incluir regimes de jejuns alimentares, tentando evitar a alta prevalência de obesidade em aves de cativeiro.


Como adestrar minha ave ?


As aves adquiridas comercialmente possuem um imprint de grupo, essas aves são alimentadas artificialmente desde a eclosão e reconhecem o homem como algo normal. A ave de rapina mais comumente utilizada para treinamento é o Gavião asa de telha (Parabuteo unicinctus). O treinamento da ave consiste no amansamento, comer no punho, saltos ao punho, passeio com o roedeiro, voos ao punho, voos à isca, escapes para fazer com que a ave retorne e voos livres. Para iniciar todos esses processos deve-se saber primeiramente o consumo alimentar da ave e seu peso. Na redução do alimento para que a ave responda seus comandos devem-se levar em conta essas duas medidas. Durante o processo de amansamento o poleiro da ave deve estar exposto a todo o tipo de movimento, pessoas, crianças, etc. A ave deve-se habituar a luva do falcoeiro. 


Os equipamentos utilizados para treinar uma ave são: apito (estimulo utilizado no treino junto a alimentação), luva (utilizada para manter a ave ao punho, tesoura (utilizada para cortar o alimento), balança (utilizada para pesar a ave e o alimento oferecido), isca (serve para chamar a ave durante o voo), caixa de Transporte, capuz (utilizado para manter a ave tranquila), tarceiras (utilizadas no tarso da ave para mantê-las atreladas ao poleiro, confeccionada de couro, utilizadas dos dois pés da ave), correias (cordão confeccionado de couro que fica entre a tarceira e o destorcedor), destorcedor (utilizado para permitir que a ave gire no puleiro), trela (cordão utilizado após o destorcedor para atrelar/amarara a ave), poleiro (manter a ave em períodos de descanso), guizos (são presos aos tarsos das aves e facilita a localização) e fiador (barbante comprido utilizados no treinamento da ave durante os voos ao punho).


 


Durante todo o processo de amansamento até termos uma ave de rapina sendo nossas parceiras devemos lembrar que são animais fantásticos e que ocupam importantes níveis na cadeia alimentar e temos que respeita-las. Antes de se adquirir um animal como este, tem-se que estar preparado para assumi-la e levar em conta sua alimentação, o espaço necessário para a ave e principalmente o tempo que irá dispor a ela.




https://www.exoticvet.com.br/aves-de-rapina-aguias-gavioes-falcoes-e-corujas/

domingo, 18 de maio de 2025

Aves comestíveis

 






A
ves
comestíveis incluem frango, peru, galinha d'Angola, patos, marrecos, codornas, perdizes, faisões, avestruzes, e até mesmo pombos em algumas culturas.

 Além dessas, existem também aves de caça como faisões, codornizes, perdizes e patos selvagens.

 É importante notar que o consumo de aves em algumas culturas pode ser mais comum do que em outras




Aves como o peru, a codorna, a perdiz, o faisão, patos e marrecos, galinha dAngola e o avestruz lideram esta lista. Há ainda as mais exóticas ao paladar da cozinha brasileira como a ema, o ganso e os pombos.

O cardeal-do-nordeste

 






O cardeal-do-nordeste é uma ave passeriforme da família Thraupidae.


É conhecido também como galo-de-campina (sul do Piauí, Alagoas e Pernambuco), campina (Ceará), cabeça-de-fita e cabeça-vermelha. Na região de Irecê (interior da Bahia), é chamado de cabeça-de-lenço. No Rio Grande do Norte é conhecido pelos seguintes nomes: galo de campina, cabeço e cabeça vermelha


Nome Científico

Seu nome científico significa: do (tupi) paroara = nome indígena tupi para uma pequena ave vermelho e cinza tiê-guaçu paroara; e do (latim) dominicana = referente as vestes da ordem dos monges dominicanos. ⇒ (Ave com vestes) dominicanas vermelho e cinza.


Curiosidades: Para comer, eles andam e saltitam no solo. No período reprodutivo, fazem alvoradas, cantando logo no alvorecer. É um dos pássaros mais típicos do interior do nordeste. Suas sementes preferidas são as de gramíneas. Suas principais ameaças são a caça para o tráfico e a destruição de habitats.


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sexta-feira, 2 de maio de 2025






 A Bahia é um dos poucos lugares no mundo onde a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari), também conhecida como arara-azul-pequena, ainda pode ser vista em seu habitat natural. Esta ave endêmica do nordeste da Bahia é uma espécie ameaçada, com uma população estimada em cerca de 2.200 indivíduos. 

Detalhes sobre a arara-azul-de-lear na Bahia:

Habitat:

A arara-azul-de-lear é encontrada principalmente na região da Caatinga, um bioma semiárido no nordeste da Bahia. 

Localização:

A ave é nativa do Raso da Catarina, uma área específica no norte da Bahia, onde encontra abrigo e alimento. 

Conservação:

A população da arara-azul-de-lear tem sido reduzida devido à perda de habitat e ao tráfico ilegal. No entanto, projetos de conservação e repovoamento, como o que ocorre na Estação Biológica de Canudos, têm contribuído para a proteção e recuperação da espécie. 

Recursos:

A arara-azul-de-lear depende dos paredões rochosos de arenito-calcário para nidificação e abrigo, e alimenta-se dos coquinhos das palmeiras Licuri. 

Importância:

A arara-azul-de-lear é um símbolo da biodiversidade da Bahia e tem despertado o interesse do turismo de observação de aves. 

Ararinha-azul:

Vale notar que a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii), outra espécie de arara nativa da Bahia, também está ameaçada, tendo sido declarada extinta na natureza. No entanto, projetos de reintrodução têm sido realizados para repovoar a região com a espécie. 

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Aves licenciavéis






 Primeiramente, as aves que exigem licença do IBAMA para criação são as exóticas importadas e as silvestres do Brasil, sendo que algumas delas são conhecidas como exóticas no meio popular, mas são domésticas comuns como é o caso das calopsitas ou canário -belga.



                                                      Aves licenciavéis





Aves consideradas domésticas, como canários, calopsitas e periquitos, não precisam de licença do IBAMA para serem criadas em gaiolas. A criação de aves exóticas e silvestres, incluindo algumas popularmente consideradas exóticas como calopsitas ou canário-belga, exige licença do IBAMA, como o cadastro de criadores amadores no Sistema Informatizado do Ibama.